‘Xuxa em o mistério de Feiurinha’ careceria de uma boa faxina de roteiro, expressa na forma de diálogos com mais humor, para dar conta de todas as potencialidades cômicas e fantásticas oferecidas pela literatura de Pedro Bandeira. Autor do best-seller “A droga da obediência”, Bandeira injetou invenção na prosa infanto-juvenil nacional, flertando com elementos do thriller sem tirar da fantasia uma vírgula que seja de encanto. Só agora o cinema nacional o descobriu. Apesar de carência de riso do filme, a habilidade da diretora Tizuka Yamazaki para conduzir sagas de mulheres determinadas — no caso, a Cinderela vivida por Maria da Graça Xuxa Meneghel — preserva a engenhosidade do livro homônimo de Bandeira.A trama se calça na metalinguagem ao mostrar os esforços de Cinderela (Xuxa) e outras princesas para manter viva a lenda de Feiurinha (Sasha, filha da apresentadora), com a ajuda de um escritor do mundo real (Antonio Pedro) e sua empregada, vivida por uma inspiradíssima Zezé Motta.
Rodrigo Fonseca do Globo Online
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